Define-se o perfil desejado do egresso como um profissional capaz de realizar as seguintes ações:
• prever e analisar demandas, selecionar conhecimento científico e tecnológico, projetando produtos ou melhorando suas características e funcionalidade;
• utilizar ferramental matemático e estatístico para modelar sistemas de produção e auxiliar na tomada de decisões;
• dimensionar e integrar recursos físicos, humanos e financeiros, a fim de produzir, com eficiência e ao menor custo, considerando a possibilidade de melhorias contínuas;
• incorporar conceitos e técnicas da qualidade em todo o sistema produtivo, tanto nos seus aspectos tecnológicos quanto organizacionais, aprimorando produtos e processos, e produzindo normas e procedimentos de controle e auditoria;
• utilizar indicadores de desempenho, sistemas de custeio, bem como avaliar a viabilidade econômica e financeira de projetos;
• projetar, implementar e aperfeiçoar sistemas, produtos e processos, levando em consideração os limites e as características das comunidades envolvidas;
• gerenciar e otimizar o fluxo de informação nas empresas utilizando tecnologias adequadas;
• compreender a inter-relação dos sistemas de produção com o meio ambiente, tanto no que se refere à utilização de recursos escassos quanto à disposição final de resíduos e rejeitos, atentando para a exigência de sustentabilidade;
• prever a evolução dos cenários produtivos, percebendo a interação entre as organizações e os seus impactos sobre a competitividade;
• acompanhar os avanços tecnológicos, organizando-os e colocando-os a serviço da demanda das empresas e da sociedade.
Espera-se assim que o egresso possa atuar em todo o ciclo de vida e contexto do projeto de produtos (bens e serviços) e de seus componentes, sistemas e processos produtivos, inclusive inovando-os. Além disto, espera-se que o egresso possa atuar também em todo o ciclo de vida e contexto de empreendimentos, inclusive na sua gestão e manutenção.

Foram definidas 8 competências a serem desenvolvidas ao longo do curso. Elas foram embasadas nas novas DCNs. Cada competência geral foi descrita a partir do contexto da habilitação em Produção. As competências específicas deste curso foram embasadas por consultas a materiais disponibilizados pela ABEPRO e foram inseridas dentro das competências gerais. São elas:
• formular e conceber soluções desejáveis de engenharia de produção, analisando e compreendendo os usuários dessas soluções e seu contexto;
• analisar e compreender os fenômenos físicos e químicos por meio de modelos simbólicos, físicos e outros, verificados e validados por experimentação;
• conceber, projetar e analisar sistemas, produtos (bens e serviços), componentes ou processos;
• implantar, supervisionar e controlar as soluções de engenharia de produção;
• comunicar-se eficazmente nas formas escrita, oral e gráfica;
• trabalhar e liderar equipes multidisciplinares;
• conhecer e aplicar com ética a legislação e os atos normativos no âmbito do exercício da profissão;
• aprender de forma autônoma e lidar com situações e contextos complexos, atualizando-se em relação aos avanços da ciência, da tecnologia e aos desafios da inovação.
Além do conteúdo programado dentro das disciplinas, as competências são desenvolvidas neste curso por meio do contato do discente com profissionais do mercado (este contato foi previamente planejado em disciplinas como “Prosa de Engenharia”), estágio obrigatório, trabalho de conclusão de curso voltado principalmente para ações de extensão, atividades em laboratórios, atividades de extensão (não somente atividades externas às disciplinas, mas também internas, já que algumas disciplinas obrigatórias deste curso já foram planejadas para colocar o aluno frente a ações extensionistas), projetos integradores (como por exemplo as disciplinas “Desafio Empresarial”, “Projeto EPR/2”, “Projeto Quase-Lá”, “Criação de Negócios”) .

Os componentes pedagógicos do curso foram definidos pelo NDE a partir de 3 inputs: as competências a serem desenvolvidas, o mercado de trabalho e os objetivos definidos pelo NDE. Todos os componentes pedagógicos (disciplinas, TCC, horas de extensão, estágio etc) foram repensados a partir das competências definidas para este curso. Profissionais do mercado, sobretudo ex-alunos, foram consultados durante a elaboração deste PPC, onde várias sugestões foram dadas ao NDE. Por fim, o NDE utilizou um conjunto de objetivos para nortear o planejamento dos componentes. Estes objetivos foram:
a) diminuir a carga horária total de disciplinas obrigatórias, em relação à estrutura curricular anterior;
b) balancear a carga horária semanal nos semestres;
c) oferecer conteúdos profissionais e específicos da habilitação em engenharia de produção já no início do curso.
Foram definidas 11 linhas de ensino dentro da estrutura curricular: Gestão de operações e Logística; Tecnologia da Fabricação; Qualidade e Produto; Economia e Finanças; Administração e Empreendedorismo; Engenharia do Trabalho; Mecânica; Matemática, Física e Química; Eletricidade e Eletrônica; Interlinhas e Projetos integradores. Dentro das disciplinas (obrigatórias e optativas), existe uma variedade de métodos de ensino aprendizagem, contribuindo para que os vários perfis de aprendizagem possam ser atendidos. Além das ações clássicas de ensino aprendizagem, envolvendo a apresentação do conteúdo pelo professor e a resolução de problemas, destacam-se as práticas de extensão dentro de algumas disciplinas, a aprendizagem baseada em problemas (PBL), a aprendizagem baseada em projetos, a aprendizagem baseada em simulação, a experimentação em laboratórios e sala de aula, debates e seminários, estudos de casos, sala de aula invertida, entre outros.

CC = -

CPC = 4

Enade = 5