Capacidade funcional de indivíduos pós COVID-19 crítica: resiliência na recuperação sob a ótica dos atores sociais
COVID-19; Pandemia; Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde; Qualidade de vida
A pandemia da COVID-19 gerou um impacto global sem precedentes, resultando em mais de 775 milhões de casos confirmados e mais de sete milhões de mortes até início de agosto de 2024. Além das taxas elevadas de mortalidade, a pandemia trouxe consequências prolongadas que afetam a funcionalidade e a qualidade de vida dos sobreviventes. A utilização da Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF) como uma ferramenta para a avaliação dessas condições, permite uma compreensão abrangente das deficiências clínicas e funcionais, sublinhando a importância dos fatores ambientais e pessoais na recuperação. A resposta ao legado da pandemia requer estratégias que vão além das necessidades imediatas, abrangendo cuidados contínuos no cenário pós-pandêmico, assim a CIF deve ser incorporada como uma ferramenta de rotina na prática clínica para melhorar a qualidade da assistência, influenciar políticas públicas e apoiar a reabilitação dos indivíduos afetados pela COVID-19. A amostra será constituída por indivíduos acometidos pela COVID-19 crítica e assistidos em um hospital público que é referência para procedimentos de alta complexidade com ampla cobertura regional no interior de Minas Gerais. Trata-se de um estudo de caso, com abordagem exploratória e descritiva cujo objetivo é avaliar o perfil de funcionalidade e participação social de indivíduos acometidos pela COVID-19 crítica. A coleta de dados será realizada por meio de questionários sociodemográficos, econômicos e clínicos, além da aplicação do Questionário de Qualidade de Vida SF-36, validado para a população brasileira, visando fornecer uma compreensão aprofundada do impacto da COVID-19 crítica na funcionalidade e qualidade de vida, utilizando um modelo biopsicossocial. A análise dos dados será realizada com software estatístico, utilizando regressão linear para análise multivariada. O estudo segue normas éticas rigorosas, incluindo a Resolução 466/12, Resolução 580/18, a Carta Circular nº 039/2011/CONEP/CNS/GB/MS e a Lei Nº 13.709/2018 (LGPD), assegurando consentimento informado, proteção de dados e confidencialidade.