NANOPARTÍCULAS DE HIDROXIAPATITA FUNCIONALIZADAS COM ÓXIDO DE PRATA: UM POTENCIAL SISTEMA APLICADO AO TRATAMENTO DA HIPOMINERALIZAÇÃO DENTÁRIA
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A hipomineralização dentária, também conhecida como HMI, é uma condição que afeta uma parcela significativa da população infantil e adolescente, caracterizada pela formação inadequada do esmalte dos dentes permanentes, principalmente incisivos e molares. Isso resulta em manchas brancas, amareladas ou até mesmo escuras nos dentes, tornando-os mais frágeis e suscetíveis a trincas, fraturas e cáries. O tratamento para a HMI varia de acordo com a gravidade, podendo incluir selamento de fissuras, restaurações com resina composta ou cimento de ionômero de vidro, e em casos severos, até mesmo a extração do dente afetado. Atualmente, os tratamentos convencionais visam prevenir cáries e controlar a sensibilidade dos dentes afetados, mas muitas vezes são invasivos e têm limitações. Como alternativa, a nanohidroxiapatita funcionalizada com prata vem sendo estudada como um potencial tratamento para a HMI. Essas nanopartículas apresentam resultados promissores, sendo capazes de tratar problemas estruturais e sensibilidade, além de possuírem propriedades antibacterianas. A síntese dessas nanopartículas envolve etapas como a preparação da solução precursora, hidrólise, condensação, crescimento cristalino e maturação. A funcionalização com prata é realizada por meio de um processo de redução química. A caracterização físico-química e morfológica das nanopartículas é realizada por técnicas como difração de raios-X, espectroscopia por transformada de Fourier e análise termogravimétrica. Os resultados mostram a formação de nanocristais de hidroxiapatita com características compatíveis com a estrutura esperada, evidenciando a viabilidade dessa abordagem como uma potencial terapia não invasiva e eficaz para o tratamento da hipomineralização dentária.