Banca de DEFESA: IGOR MOREIRA ALVES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : IGOR MOREIRA ALVES
DATA : 24/02/2202
HORA: 14:00
LOCAL: DE MANEIRA REMOTA
TÍTULO:

Ideb, as unidades da federação e o perfil das escolas públicas: uma análise exploratória de dados não supervisionada.


PALAVRAS-CHAVES:

Ideb, Infraestrutura, Ciência dos dados, Análise Fatorial, exploratória, não supervisionada.


PÁGINAS: 124
RESUMO:

Essa dissertação busca o uso da ciência dos dados, por meio de análise exploratória não supervisionada, comprovar o que a literatura já sabe e/ou apresentar novas descobertas sobre a influência da infraestrutura sobre a educação básica brasileira. A infraestrutura escolar não se resume apenas à questão arquitetônica das escolas, mas também ao ambiente educativo e administrativo, equipamentos, recursos educacionais, práticas, currículos e processo de ensino e aprendizagem. A coleta de dados foi realizada sobre os dados abertos do Censo Escolar 2019 (Educação Básica) e do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), relativos aos anos 2005-2019. A escolha do ano de 2019 foi por se tratar do último ano que as escolas apresentaram resultados antes da influência da pandemia COVID-19. Após vários tratamentos nos dados e a escolha de atendimento apenas do segmento inicial do ensino fundamental, aplicou-se duas metodologias de análise: Correlograma e Análise Fatorial (FA). Para uma clareza nos resultados, criou-se novos atributos referentes aos entes federativos que permitiu identificar quais estados e perfis de escolas estão melhores relacionados ao crescimento e aos bons resultados do Ideb. Para essas correlações optou-se pela Sigma da Cópula Gaussiana que leva em consideração os dados categóricos e contínuos e, ainda, gerou uma matriz positiva definida. O Correlograma gerou uma matriz quadrada que apresentou os relacionamentos dos atributos em um dendrograma de heatmap. Dividido em 4 grandes grupos, cada um apresentou características específicas e relações com os entes federativos. O primeiro grupo apresentou forte relacionamento com as infraestruturas básicas; o segundo grupo, com o Ideb e as infraestruturas mais sofisticadas; o terceiro grupo, apresentou poucas relações entre os atributos; e último grupo forte correlações negativas e conteve maior precariedade nas infraestruturas. Após averiguação de compatibilidade da base de dados para aplicação do FA, foram estimados que 10 fatores seriam adequados a esse estudo. Quatro fatores apresentaram associação com os atributos do Ideb, o foco deste trabalho. Observou-se também três padrões nos atributos que elencaram bons resultados no Ideb com diferentes infraestruturas, políticas e/ou propostas educacionais: o primeiro grupo, norteado por SP, apresentou saneamentos básicos ofertados pelo serviço público, internet de qualidade com uso na aprendizagem e órgãos escolares; o segundo grupo, encabeçado por MG, indica associação a flexibilização no ensino tradicional, com ciclos escolares e salas não seriadas; o terceiro grupo ficou marcado pelas atividades complementares e atendimento especializado, representado pelo CE. Em contradição a esses parâmetros, escolas com a modalidade EJA, principalmente do nordeste, tendem a ter menores resultados no Ideb. Os outros 6 fatores agregaram muitas informações relevantes, inclusive relacionadas às correlações e anti correlações dos entes federativos e atributos específicos. Como visto, a ciência dos dados tem muito a agregar à área da educação. Espera-se com trabalhos futuros acrescentar ainda mais dados, como estudos longitudinais sobre o Ideb e agregar outros índices educacionais como o Ioeb e o nível socioeconômico da população.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - CRISTIANE NERI NOBRE - PUCMinas
Interno - 2641790 - CARLOS HENRIQUE DA SILVEIRA
Interna - 1556426 - MELISE MARIA VEIGA DE PAULA
Notícia cadastrada em: 27/03/2023 10:48
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