EXPERIMENTOS VIRTUAIS ACESSÍVEIS: ESTUDO SOBRE INCLUSÃO EM UM LABORATÓRIO REMOTO DE FÍSICA
Acessibilidade digital; laboratório remoto; usabilidade; deficiência visual; design universal de aprendizagem
Esta pesquisa teve como objetivo analisar a usabilidade de experimentos remotos após a implementação de recursos de acessibilidade digital, fundamentando-se no Desenho Universal para a Aprendizagem (DUA) e nas Diretrizes de Acessibilidade para Conteúdo da Web (WCAG). Para isso, foram desenvolvidas melhorias na acessibilidade digital de um experimento do Laboratório Remoto de Física da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), com foco na experiência de usuários com deficiência visual. A pesquisa foi estruturada em cinco etapas principais: (i) validação automática inicial, utilizando o validador AccessMonitor para identificar barreiras de acessibilidade; (ii) implementação das recomendações das WCAG combinadas aos princípios do DUA, promovendo múltiplas formas de representação, ação e engajamento; (iii) nova validação automática, avaliando a eficácia dos ajustes realizados; (iv) validação manual, aprofundando a análise com testes qualitativos; e (v) testes com usuários reais, verificando a usabilidade na prática e coletando feedbacks para refinamento das melhorias. Os resultados evidenciaram que a integração entre o DUA e as diretrizes das WCAG contribuiu significativamente para a acessibilidade e a usabilidade do ambiente virtual. Observou-se um aumento progressivo nas notas de acessibilidade do AccessMonitor ao longo das etapas de implementação, refletindo a eficácia das adaptações. Além disso, o teste com usuário real confirmou que as barreiras previamente identificadas foram mitigadas, garantindo maior autonomia na navegação e interação com o experimento remoto. Conclui-se que a adoção contínua de processos de validação – tanto automatizados quanto manuais – e a escuta ativa de usuários com deficiência são estratégias fundamentais para garantir a acessibilidade digital. O estudo reforça a necessidade de revisões periódicas e destaca o potencial do DUA como um modelo estruturante para tornar laboratórios remotos mais inclusivos. Como sugestão para pesquisas futuras, recomenda-se a ampliação da análise para outras deficiências e a implementação de novas funcionalidades que favoreçam uma experiência educacional ainda mais equitativa.