AVALIAÇÃO DO EFEITO DO REJEITODE MINÉRIO DE FERRO E DO CHOQUE TÉRMICO DO INÓCULO NA PRODUÇÃO DE BIO-HIDROGÊNIO VIA FERMENTAÇÃO ESCURA
Biohidrogênio; fermentação escura; rejeito de minério de Fe+; pré-tratamento térmico, valorização da biomassa
O hidrogênio (H2) é amplamente utilizado na indústria e no setor energético, mas sua produção ainda depende de fontes não renováveis e intensivas em emissões de gases de efeito estufa (GEE). A fermentação da biomassa, especialmente de resíduos alimentares, desponta como alternativa de baixo carbono, embora limitada pela baixa produtividade em escala comercial. Diante disso, este estudo avaliou o efeito da adição de rejeito de minério de Fe+ e o efeito da aplicação do choque térmico no inóculo sobre a produção de bio-hidrogênio, além de investigar o potencial do digestato como substituto parcial do cimento em concretos. A metodologia foi dividida em dois experimentos: o primeiro avaliou diferentes dosagens de rejeito de minério de Fe+ como possível catalisador da hidrogenase, enquanto o segundo aplicou pré-tratamento térmico ao inóculo nos tratamentos mais promissores. Os resultados indicaram que a dosagem de 4 g/kg de rejeito influenciou a fermentação escura com valor médio de 2,06 ml de H2/kg de substrato. A avaliação do digestato demonstrou que sua utilização em concretos depende de pré-tratamentos que reduzam a porosidade e melhorem o desempenho mecânico. Conclui-se que a otimização dos pré-tratamentos do substrato, do inóculo e do digestato é fundamental para ampliar o potencial da produção biológica de H2 e possibilitar o reaproveitamento sustentável dos subprodutos do processo.