EMPRESAS DE RECICLAGEM DE PAINÉIS FOTOVOLTAICOS: TECNOLOGIAS, LEGISLAÇÕES E DIFICULDADES
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A energia solar fotovoltaica, apesar de sua importância na transição energética, enfrenta desafios crescentes quanto ao descarte adequado dos painéis fotovoltaicos após seu ciclo de vida. Este estudo busca compreender o funcionamento dos painéis fotovoltaicos de primeira geração, baseados em silício cristalino e investigar as práticas de reciclagem atualmente adotadas por empresas do setor. Por meio de uma pesquisa do tipo survey, foram analisadas 37 empresas – que fazem parte dos 10 países pertencentes ao ranking global com maior capacidade geradora de energia elétrica fotovoltaica em 2023 – com o objetivo de identificar o tipo de reciclagem adotada, os materiais efetivamente reciclados e as dificuldades enfrentadas durante o processo. Apesar de sua contribuição para a geração de energia limpa, os painéis fotovoltaicos deverão gerar milhões de toneladas de resíduos até 2050. Atualmente, a reciclagem é eficaz apenas para materiais de alto valor, como vidro, alumínio e cobre (reciclados por 89% das empresas), enquanto metais tóxicos, como o chumbo (reciclado por apenas 35%), são frequentemente negligenciados. Além disso, a análise das legislações revela que, embora existam políticas que incentivam a reciclagem, a implementação e o cumprimento dessas normas ainda enfrentam barreiras. Os resultados desta pesquisa destacam a importância de desenvolver tecnologias de reciclagem mais eficientes e de promover uma legislação mais robusta, visando não apenas a mitigação dos impactos ambientais, mas também a viabilidade econômica da reciclagem de painéis fotovoltaicos. Para que a reciclagem seja uma solução sustentável, é fundamental integrar esforços entre as empresas, legislações e inovações tecnológicas.